sexta-feira, 13 de maio de 2016

Relação entre Capitalismo e Positivismo

O Capitalismo é um sistema que é baseado no modo de produção em que o capital é o principal meio de produção. O capital pode ser apresentado de duas formas, como crédito ou dinheiro para comprar a força de trabalho, materiais necessários para a produção.


O capitalismo é um processo de acumulo de capital, no qual esse acumulo é comandado pela propriedade privada. Em função do acumulo de bens materiais, os capitalistas garantem privilégios na área econômica, política, cultural e social que possibilita o domínio e a manipulação da maior parte da população, em geral, excluída e alienada.


A fase inicial do capitalismo ocorre a partir das grandes navegações marítimas europeias. Nesse período, a burguesia mercante começa a buscar riquezas em outras terras, fora da Europa. Os comerciantes e a nobreza procuravam ouro, prata e matérias-primas não encontradas em solo europeu. Os comerciantes, financiados por reis e nobres, começaram um ciclo de exploração na América, cujo objetivo principal era o enriquecimento e o aumento de capital. No século XVIII, na segunda fase do desenvolvimento capitalista, a Europa passa por uma mudança significativa no que se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica suas raízes em outras regiões do mundo. A industrialização modificou o sistema de produção, pois colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos. O dono da indústria conseguiu, desta forma, aumentar sua marca de lucro, pois a produção ocorre em maior voluma e mais rapidez. Se por um lado esta mudança trouxe benefícios, como a queda do preço das mercadorias, por outro, a população perdeu muito com o desemprego, baixos salários, péssimas condições de trabalho, poluição de ar e rios, além dos acidentes provocados com a operação das máquinas. O lucro ficava com o dono dos meios de produção que pagava um salário baixo pela mão de obra dos operários. As indústrias, utilizando máquinas a vapor espalharam-se rapidamente pelos quatros cantos da Europa. As teorias de Adam Smith e David Ricardo, seguidas por Auguste Comte, foram importante para o desenvolvimento do capitalismo. Estes pensadores  defendem a diminuição da interferência do Estado nas relações de mercado, permitindo que a livre concorrência dos capitalistas seja a base da organização da sociedade. No século XX inicia-se a terceira fase da evolução capitalista, incluindo o sistema bancário no processo de concentração do capital, favorecendo as grandes corporações financeiras mundiais do mercado nacional e internacional. Grande partes do lucros e do capital em circulação no mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização permitiu os grandes grupos econômicos produzirem seus produtos em diversas partes do mundo, buscando a redução de custos. Estas empresas, dentro de uma economia de mercado, vendem os produtos para vários países, mantendo um comércio ativo de grandes proporções. Os sistemas informatizados facilitam a circulação e transferência de valores em tempo quase real, aumentando ainda mais o potencial econômico. Muitos países europeus, no século XIX, começaram a incluir a Ásia e a África no sistema de exploração. Este dois continentes foram controlados pelos europeus, pela prática conhecida como neocolonialismo. As populações foram dominadas pela força e tiveram suas matérias-primas e riquezas extraídas pelos europeus. Eram também forçados a trabalhar em jazidas de minérios e a consumirem os produtos industrializados das fábricas europeias. Nesse contexto podemos identificar as principais características do capitalismo:


-a: O interesse maior da produção de bens é sua comercialização e não o uso próprio.


-b: A força de trabalho (mão-de-obra) é comprada e vendida em troca de salários em dinheiro, através de contrato por um dado período ou tarefa específica.


-c: O capital pode ser usado pelo proprietário conforme os interesses que possui.

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